Natação é elixir da juventude? Veja como ela pode ser aliada da longevidade
Considerado o esporte mais completo, à natação vem sendo creditada mais benefícios. Além de ser uma atividade que não afeta as articulações, ela promove relaxamento dos músculos, ajuda a aliviar a tensão muscular, melhora a postura, aumenta a flexibilidade, beneficia o sistema cardiorrespiratório entre outros. Agora, ao esporte vem sendo atribuído o poder de retardar o envelhecimento. Recentemente, um estudo divulgado no site Everything Zoomer apontou a natação como uma aliada da longevidade.
O Centro Counsilman da Ciência da Natação da Universidade de Indiana Bloomington descobriu que os nadadores masters, com mais de 35 anos, que nadavam aproximadamente de 3.200m a 4.500m, três a cinco vezes por semana, ganharam longevidade. E esse processo anti-envelhecimento não foi adiado apenas por alguns anos, mas por décadas. Essa conclusão foi possível graça ao estudo que analisou marcadores de idade tradicionais como pressão arterial, função pulmonar e massa muscular.
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O estudo assegura ainda que não é preciso ser um atleta na natação para atingir esse objetivo. Basta praticar uma quantidade mínima de natação por semana. Um outro estudo, esse da Universidade da Carolina do Sul, mostrou que a natação também reduziu drasticamente o risco de morrer. O estudo durou 32 anos e acompanhou 40mil homens, com idade entre 20 e 90 anos. Os que nadaram tiveram uma taxa de mortalidade 50% menor do que os corredores, os que praticavam caminhada e os sedentários.
Natação e raquete: esportes que mais aumentam a longevidade
Ao Be Bang, O médico cardiologista Eduardo Moyses, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e docente de cardiologia pela UNESA (Universidade Estácio de Sá), diz que um estudo de 2016 divulgado pela revista British Journal of Sports Medicine, concluiu que esportes de raquete e natação são as duas atividades que obtiveram melhores resultados de aumento de longevidade. A pesquisa acompanhou por 14 anos 80 mil britânicos.
“A prática desportiva, em qualquer idade, traz benefícios: proporciona condicionamento cardiovascular, osteoarticular, além de interação social. Quando analisamos as principais queixas nas pessoas com mais de 60 anos, bem como as principais causas de piora de qualidade de vida e morbidade desta faixa etária, observamos que eles sofrem de dores articulares, falta de equilíbrio /quedas, perda da independência funcional, diminuição da capacidade cardiorrespiratória e isolamento social”, explica.
“Desta forma, as práticas desportivas vão ao encontro de todas essas questões como a melhora do tônus/força muscular e da flexibilidade articular, resolvendo as questões de independência funcional, melhora do equilíbrio e, consequentemente, das quedas; ganho de capacidade cardiorrespiratório e fazendo com que o indivíduo recupere a sua autoestima. A natação, em especial, agrega todas essas qualidades associada ao fato de ser um esporte de baixo impacto e que pode ser praticado executado num ritmo individualizado, facilitando sua a adesão / fidelização e diminuindo o risco de lesões. ”
Prolongar a vida com saúde
O mestre em Ciência da Motricidade e professor de natação há 30 anos, Alexandre Gama, tem como alunos vários idosos na faixa dos 70 aos 90 anos. “A natação é fundamental para a qualidade de vida e, sim, prolonga a vida. Estudos apontam para a manutenção da atividade física para sempre, até mesmo na idade avançada. Para isso, é importantíssimo o controle médico e alimentar com um nutricionista e a prática de exercícios com um professor de Educação Física. Isso é essencial para o idoso ser orientado e sistematizado na atividade.”