O efeito-espelho: é possível trabalhar os músculos de um lado do corpo movendo apenas o lado oposto!
Quebrou o braço direito? Pesquisadores Canadenses descobriram que, se você exercitar apenas o esquerdo, conseguirá preservar o tônus muscular de ambos.
Você tem medo de se lesionar? Se o esporte tem um papel importante na sua vida, é provável que as lesões musculoesqueléticas sejam um fantasma! Elas assombram os atletas amadores e também os sedentários (sofá, sobrepeso e hérnia de disco andam de mãos dadas).
Se você está passando por um caso desses se prepare, a orientação médica será pausa nas atividades físicas que utilizem o membro afetado durante a recuperação.
O problema é que, se você tiver lesionado um braço, joelho ou pé, naturalmente deixará de repouso também o outro lado do corpo e ficará na inércia total, certo? Talvez não.
(Crédito: seoterra/123RF)
Um estudo da Universidade de Saskatchewan, do Canadá, mostrou que se você trabalhar os músculos de um lado do corpo pode manter os músculos do outro lado fortes e em forma, mesmo sem movimentá-lo. De forma resumida, dá para manter o braço esquerdo forte, malhando apenas o direito!
O estudo:
Passo 1: os pesquisadores testaram a força dos dois punhos de cada voluntário.
Passo 2: eles colocaram sensores de movimento e depois imobilizaram o antebraço e a mão esquerda de todos eles.
Passo 3: metade dos alunos foi orientada a fazer exerícios moderados com o braço direito (oposto ao imobilizado), usando pesinhos; a outra metade manteve os dois braços em repouso.
Resultado: depois de um mês, os voluntários que não se exercitaram apresentaram atrofia muscular considerável. Os músculos dos dois lados ficaram menores e mais fracos. Mas o grupo que exercitou os músculos do braço direito manteve quase todo o tamanho e a força originais dos mesmos músculos à esquerda, mesmo sem ter levantado uma palha com esse braço.
A descoberta pode ser positiva na recuperação de rompimentos ligamentares, fraturas ósseas e até em casos neurológicos, como derrames. Já que, naturalmente, quando um membro é imobilizado, seus músculos se atrofiam, perdem tamanho e força, um processo que começa dentro de dias ou até horas após a lesão. Será uma revolução na forma como tratamos lesões?
