Saúde mental x saúde física. Existe paridade?
Num tempo em que todo e qualquer tipo de informação voa e muda em um piscar de olhos, é preciso cada vez mais estar conectado, ligado, informado… saturado. Com tamanha agilidade não raro mais gente busca incessantemente ajuda em remédios e consultórios médicos para cuidar da saúde mental. Mas isso é o bastante? Ou deveríamos realmente cuidar da nossa mente antes de entrar em colapso?
Recentemente um e-mail enviado por uma funcionária de uma empresa viralizou e fez vir à tona um assunto que é uma espécie de tabu nos ambientes de trabalho. Madalyn Parker copiou sua equipe e o CEO de sua empresa em uma mensagem informando que tiraria 2 dias de folga para cuidar de sua saúde mental. Mas o que chamou a atenção de todos foi a resposta de Ben Congleton, seu superior. “Oi, Madalyn. Eu só queria pessoalmente agradecer a você por enviar mensagens como essas a sua equipe. Toda vez que você faz isso, eu me lembro da importância de usar o afastamento médico também para a saúde mental — acredito que essa não seja a prática padrão em todas as empresas. Você é um exemplo para todos nós, e nos ajuda a superar um estigma”.
‘Não existe igualdade entre saúde mental e física’
Ativista de uma reforma da saúde mental, Alastair Campbell lamentou o fato de que em pleno 2017 os ambientes de trabalho não levem a sério as doenças da mente. “Assim como nossa saúde física, nossa saúde mental também tem dias bons e outros ruins. É preciso entender que a mente é uma máquina ainda mais complicada do que o corpo”, explicou Campbell à revista Men’s Health. E frisou: “Estamos anos-luz longe de igualar atitudes, recursos e serviços entre a saúde do corpo e a da mente”.
