Óleo de coco: gordura ou fonte de energia?
Desde que caiu nas graças de (quase) todos, o óleo de coco acabou virando um assunto controverso. Há quem ame, quem não acredite em seus ‘superpoderes’ e muitos ainda estão indecisos sobre qual categoria ele deve entrar – se na da gordura do bem, que ajuda a queimar calorias e tem outros benefícios extraordinários, ou se não passa de mais uma gordura comum. Pelo sim pelo não, o óleo de coco continua sendo muito usado misturado ao café por várias pessoas que desejam melhores resultados em seus treinos. E desta forma, será que ele é mesmo eficaz?
Para a nutricionista e personal trainer Katie Coles a resposta para esta pergunta é sim. “A maior parte da gordura do óleo de coco é absorvida diretamente pela circulação e rapidamente enviada para o fígado para produzir energia. O contrário acontece com outros tipos de gorduras, que passam por um processo mais complexo e acabam sendo um pouco absorvidas pelo tecido adiposo e transformadas em gordura corporal”, explicou ao site Bodybuilding.
Óleo de coco: uma gordura como outra qualquer
Mas Katie alertou para a ideia equivocada que quem consome óleo de coco não ganha peso, já que ele é totalmente usado como fonte de energia. “Sua dieta não consiste apenas em óleo de coco! Você também come muitos carboidratos, proteínas e outras fontes de gordura. Embora a maior parte da gordura do óleo de coco seja uma ótima fonte de energia imediata, ela impede que outras fontes de energia sejam usadas em seu lugar. Assim, enquanto seu corpo está funcionando com a energia do óleo, você acumula as outras gorduras que ingeriu”, detalhou.
Há quem diga, ainda, que o óleo de coco tem o poder de reduzir o apetite, o que promove uma perda de peso sem grandes esforços. Para Katie, no entanto, esse é o argumento mais frágil em torno dele. Apesar de seu poder termogênico – que faz o fígado liberar cetonas, que no geral aceleram a queima de gorduras e enviam mensagens de saciedade ao cérebro –, o simples uso deste óleo não produz estes benefícios de forma mágica. “Essa é uma compreensão bastante simplista dos nutrientes”, informou a profissional. “No corpo, as coisas são muito mais complexas, e todo o conjunto de sua dieta afetará a quantidade de cetonas criadas a partir da quebra dos triglicerídeos ingeridos”, afirmou.
Segundo Katie, a saciedade produzida pela liberação das cetonas só acontecerá com uma dieta muito baixa em carboidratos ou um enorme déficit de calorias e com a substituição da maior parte das gorduras por óleo de coco. Caso contrário – mesmo que se reduza um pouco a ingestão de carboidratos – o efeito será imperceptível ao organismo.