Você já ouviu falar de nootrópicos?

Nootrópicos: o que são, para que servem e por que tomá-los (ou não)

Os “potencializadores cognitivos” se tornaram moda no Vale do Silício, mas será que valem a pena?
Nootrópicos: o que são, para que servem e por que tomá-los (ou não)
Em 09/01/2019 às 07:00

Os “potencializadores cognitivos” se tornaram moda no Vale do Silício, mas será que valem a pena?

Você já ouviu falar de nootrópicos? Eles são drogas que supostamente melhoram a memória, a concentração e o potencializam o desempenho mental sem causar efeitos colaterais. Por esta simples – e milagrosa – definição, eles ganharam o apelido de “drogas da inteligência” ou “potencializadores cognitivos” e se tornaram moda entre businessmen, profissionais em cargos criativos, pilotos, médicos e universitários nos Estados Unidos, especialmente no Vale do Silício.

Existem nas farmácias uma dezena de medicamentos considerados nootrópicos, a maioria indicado para pessoas com TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O mecanismo de ação varia, contudo, em comum eles têm efeitos na vasodilatação, isto é, aumentam o fluxo sanguíneo para o cérebro. Com o sangue, mais oxigênio, nutrientes e glicose, a fonte de energia essencial que o cérebro usa para nos garantir longos períodos de concentração, chegam ao órgão. Eles também trabalham aumentando, regulando ou diminuindo as funções de certos neurotransmissores (como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina), substâncias químicas produzidas pelos neurônios. Essas drogas, quando utilizadas em pessoas saudáveis, agem permitindo que uma pessoa possa trabalhar dias sem descanso, com foco ininterrupto.

Mas será que isso é positivo? Médicos se preocupam com os efeitos nocivos das pílulas que, segundo eles podem causar nervosismo, dores de cabeça, insônia e diminuição do apetite. Também há o risco de dependência psicológica. Afinal, como manter o foco e atenção sem uso de estimulantes, depois de ter contado com essa ajudinha? Na falta de estudos conclusivos, vale apelar para os potencializadores cognitivos naturais: café e editação.