Comece a se exercitar agora e salve seu cérebro do declínio cognitivo
Já é de senso comum a informação que exercícios físicos fazem bem para o corpo e o coração. Mas de acordo com a Ph.D. em neurologia Ilene Ruhoy, mexer o corpo também é fundamental para evitar o declínio cognitivo do cérebro, tão comum com o passar dos anos. “Começar a se exercitar ainda novo ajuda a prevenir disfunções cognitivas e doenças cerebrovasculares no futuro”, avisou em entrevista ao MindBodyGreen. E explicou que a consciência corporal de quem pratica exercícios tende a motivar escolhas mais saudáveis em relação à alimentação, consumo de bebidas alcoólicas e até mesmo relacionadas a ter um sono mais profundo e reparador. Mas a especialista garantiu: nunca é tarde para começar. “Se você não adquiriu esse hábito quando mais jovem, não desanime. Melhor começar agora do que nunca”.
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Uma pesquisa divulgada em agosto de 2017 pela revista científica eNeuro, publicação oficial da Sociedade de Neurociência, tornou pública um experimento sobre o assunto feito com roedores. Enquanto metade deles corria diariamente, a outra metade não se exercitava, ficando apenas em gaiolas. Sete meses depois, os pesquisadores testaram sua função cognitiva e descobriram que as células recém-nascidas nos ratos corredores se comportavam de forma diferente das células dos ratos sedentários. E apesar do experimento não ter sido realizado em humanos, os cientistas acreditam que as evidências positivas constatadas nos roedores ativos, que se recordavam de situações e circunstâncias anteriores muito melhor que os sedentários, já demonstram o poder dos exercícios físicos para a nossa memória.
Qual o melhor exercício para o cérebro?
A Dra. Ruhoy é clara: “qualquer exercício é melhor que nenhum”. Mas revelou que tem uma modalidade que se sobressai às outras. “O exercício cardiovascular, como aeróbio e anaeróbio, é o melhor para proteger e ativar a mente”, disse a médica. E detalhou: “Ele promove o fluxo sanguíneo, reduz o risco de aterosclerose e mantém nossos cérebros saudáveis. O ato de se exercitar também ajuda a desafiar nosso equilíbrio, nossa coordenação e nossa velocidade, isto porque o exercício recruta regiões importantes do nosso cérebro e o mantém ativo”.
Aprenda outras maneiras de proteger seu cérebro:
Além dos exercícios, a Ph.D. em psicologia Elizabeth Lombardo listou outras maneiras também bastante eficazes, mas que devem ser feitas em conjunto com a atividade física, para proteger o cérebro. Confira:
Durma adequadamente – “A fadiga pode diminuir sua função cognitiva”
Reduza seu estresse – “O estresse interfere na função mental”
Medite – “A meditação ajuda a melhorar a memória”
Faça palavras cruzadas – “Elas exercitam e divertem o cérebro”
Mude sua rotina – “Use o relógio em outro braço, faça outro caminho para chegar ao seu trabalho, vá a lugares que nunca foi. Fazer coisas novas aumenta a atividade cerebral”
Alimente-se bem – “Pare de comer alimentos que aumentam a inflamação do corpo, como o açúcar. Eles também prejudicam o bom funcionamento do cérebro”