Caminhar previne morte precoce de mulheres

Pesquisa conclui que a falta de atividade física é uma das principais causas da mortalidade entre o sexo feminino
Caminhar previne morte precoce de mulheres
Crédito: maridav/123RF
Em 09/01/2018 às 08:00

Caminhar pode salvar a vida de muitas mulheres. Pelo menos é o que afirma a realizada pesquisa pelo Brigham and Women’s Hospital (BWH), da Universidade de Harvard. O estudo concluiu que a falta de atividade física é apontada como uma das principais causas da mortalidade feminina tanto quanto o tabagismo.

Com base nos dados, os pesquisadores recomendam que pessoas do sexo feminino pratiquem alguma atividade moderada, como a caminhada, pelo menos durante 150 minutos por semana. Ou então, 75 minutos por semana combinando uma atividade aeróbica com a caminhada. Atividades de fortalecimento muscular como a musculação devem ser praticadas dois ou mais dias por semana.

Dispositivo estudou mulheres

O estudo, que foi publicado no site Circulation, investigou o impacto da atividade física nas mulheres através de um dispositivo chamado acelerômetro triaxial. Acoplado ao corpo, ele acompanhou durante sete dias o comportamento das voluntárias e constatou que quanto maior a intensidade das atividades físicas praticadas por elas, menor era o seu risco de morte.

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A atividade física de intensidade moderada a vigorosa (como por exemplo caminhadas rápidas) faz com que as mulheres tenham de 60% a 70% menos risco de morte do que as menos ativas. “O fato de a atividade física diminuir a taxa de mortalidade não é nada novo – temos muitos estudos mostrando isso. No entanto, estudos anteriores basearam-se principalmente na atividade física auto-relatada, e auto-relatórios tendem a ser imprecisos. Com base nestes estudos de auto-relato, sabemos que a atividade física está associada a uma redução de 20% a 30% nas taxas de mortalidade, comparando o máximo com os menos ativos. Usando a atividade física medida pelo dispositivo no presente estudo, observamos uma redução de risco de 60% a 70%, maior do que o estimado anteriormente nos estudos de auto-relato. Para o contexto, os não fumantes têm uma redução de cerca de 50 por cento, em comparação com os fumantes “, disse o professor I-Min Lee da Harvard Medical School, epidemiologista associado ao Brigham and Women’s Hospital e primeiro autor do estudo.

Os dados foram analisados ​​a partir de 16.741 participantes (idade média de 72 anos) do Estudo de Saúde da Mulher que usaram o dispositivo pelo menos 10 horas por dia, em pelo menos quatro em sete dias.

Caminhar reduz risco de câncer

Um outro estudo, esse do JAMA Internal Medicine, da Associação Médica Americana, já havia constatado que praticar atividades físicas de uma a duas vezes a cada sete dias também traz inúmeros benefícios. O estudo analisou 60 mil adultos e meia idade entre 1994 e 2012. Os pesquisadores constataram que quem se exercitava ao longo da semana teve uma redução de 35% no risco de morte enquanto que os participantes que fizeram apenas uma ou duas sessões alcançaram redução de 30%.

Morrer de uma doença cardiovascular também diminui para quem faz atividade física. Um risco de 41% menor para quem se exercitou mais vezes e 40% menor para quem só se exercita nos fins de semana. Já a redução do risco de câncer foi de 21% para quem faz atividades com freqüência e 18% para adeptos de exercícios intensos uma ou duas vezes por semana.

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